O capitalismo não é um sistema abstrato: é um organismo vivo que se alimenta de contradições. Sua narrativa de “liberdade” e “eficiência” mascara uma lógica perversa de acumulação que transforma vidas em commodities e direitos em obstáculos. 🧵⬇️
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Ao apoiar ditaduras, celebrar austeridade e financiar retrocessos, o mercado não está sendo incoerente está sendo fiel à sua essência. Sua moral é a do lucro, não a da justiça. A história recente do Brasil é um laboratório dessa dinâmica. ⬇️
Quando o mercado aplaude Collor, FHC, Temer ou o inelegível e quando o mercado crítica governos progressistas em diferentes momentos, não está mudando de ideia: está adaptando-se para manter o controle. O capitalismo age de acordo com seus próprios interesses. ⬇️
O mesmo mercado que hoje critica Lula e Haddad apoiou a Ditadura, aplaudiu as políticas de Collor, endossou o impeachment de Dilma, participou da reforma trabalhista de Temer, promoveu o teto de gastos públicos, exaltou a Lava Jato como espetáculo midiático e financiou a eleição do Inelegível. ⬇️
A questão é: como um sistema que se diz racional insiste em destruir a própria sociedade que o sustenta? A resposta está na falácia. Políticas econômicas não são matemática pura são escolhas ideológicas disfarçadas de inevitabilidade. ⬇️
Privatizar direitos, congelar investimentos públicos e criminalizar movimentos sociais atendem a um objetivo claro: deslocar o poder do coletivo para o oligopólio, propostas redistributivas são taxadas de “irresponsáveis”, como se responsabilidade fosse sinônimo de submissão a dogmas de mercado. ⬇️
Mas há uma ironia trágica aqui: ao esvaziar o Estado de sua função social, o capitalismo mina as bases de sua própria legitimidade. A fome, o desemprego estrutural e a crise climática são sintomas de um sistema que prioriza fluxos de capitais sobre fluxos de vida. ⬇️
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