Acho que perceber a contribuição de outras pessoas não torna a nossa menor, sabe? Ela fica mais leve, mais tranquila. A gente vive falando da leveza de um amor tranquilo, mas não sabe lidar com tranquilidade e com não estar no holofote, nem que seja para dar os parabéns.
E assim. Eu não estou falando que é tranquilo ver a pessoa ir se arrumar para sair. Botar uma roupa que você nunca viu ela usando. Ir fazer um date num lugar que você nunca teve energia pra ir. Aprender um hobby novo! Experimentar coisas novas e conhecer lados que você nunca teve acesso.
Mas daí, ou eu castro essas coisas dela e a coloco no chão 'sob os meus cuidados', ou eu me alegro com ela. Vejo coisas novas também. Aprendo também, conheço também. Utilizo o tempo em que eu tô focado em marcar a folha de ponto alheia pra olhar pra minha e ver a minha energia, meus hobbies.
Lá pro final do texto a Geni fala que "quem diria, fazer tudo por você era mais fácil que descobrir o fazer de mim" e isso é uma pedrada e deveria ser mesmo.
É muito difícil não competir contra nós mesmos na esperança de um prêmio que nunca vai chegar, numa sociedade que só premia competição.
E aí o "nosso" prêmio é a felicidade alheia, o sucesso da pessoa amada. E se ela faz qualquer outra coisa que não seja por esse sacrifício nosso, a gente se sente roubado. Até traído. E é bem fácil nessas horas cair para o lado da outra ponta (ou seu plural) e vê-la como competição.
Comments
Né?
É difícil.
Sabe?
É muito difícil não competir contra nós mesmos na esperança de um prêmio que nunca vai chegar, numa sociedade que só premia competição.
Enfim.
Compartilho de muitos sentimentos dela, xuxu