Dos ex camaradas que eram meus amigos ou conhecidos muito próximos, o silêncio é esmagador. Tanto na altura como agora optam por não me dirigir uma palavra em privado.
Depois outros ex camaradas há que optam por me enviar mensagens lembrando que devia estar calada por ter saído com dinheiro. Por mais que explique que o argumento foi sempre os critérios da escolha entre nós e as duas pessoas que ficaram, com base em experiência, antiguidade e resultados, não ouvem.
Desde o primeiro dia que expliquei ao Secretariado que, face à necessidade de despedimentos, fosse eu e um dos que ficaram, mas nunca a outra mulher. Que nos tenham mandado embora as duas não tem justificação nenhuma. Mas sabem que nós nunca iremos dar detalhes em público por respeito aos envolvidos
por isso podem limitar-se a dizer que “as trabalhadoras não foram selecionadas entre os seus pares”. Mas os dirigente sabem que os critérios não foram técnicos. Sabem que mentem. E sabem que nós não iremos falar mal em público das pessoas que mantiveram os postos de trabalho.
Outros ex camaradas há que optam simplesmente pela difamação. Já expliquei que não falei à comunicação social. Andei para trás e para a frente com essa ideia durante duas semanas e no final nunca tive coragem de o fazer, nem de forma anónima. Já o disse e é verdade.
(o momento em que contei à minha terapeuta que me tinha chibado no Twitter depois de ter dito que não falaria à imprensa está no top 37 de momentos mais embaraçosos da minha vida)
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