“A gente fica preocupado com essa situação, porque, por ser liderança, lutando pelo povo, por estar lutando pelos nossos direitos, a gente está sendo perseguido, maltratado." cacique Bacurau
Comments
Log in with your Bluesky account to leave a comment
Os jovens de 21 e 22 anos deixaram de fazer tarefas simples como buscar o carro na oficina ou ir ao mercado após deixarem a prisão. Antes descrita como alegre, a dupla tem hoje um olhar aterrorizado.
A Terra Indígena Barra Velha, onde está localizada a aldeia de Bacurau, está em processo avançado para o reconhecimento do território. O que falta é a emissão da portaria demarcatória, última etapa do processo, que precisa ser assinada pelo (MJSP), Ricardo Lewandowski.
A tese defendida pelos ruralistas diz que os povos indígenas só teriam direito às terras que já ocupavam ou disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.
Jovino Braz, 68, também sonha em poder andar livremente pela TI Barra Velha. Ele é cacique da Aldeia Nova e, assim como Bacurau, foi alvo da Operação Pacificar. A liderança tem um corpo magro e um olhar entristecido. Jovino quase sussurra ao falar porque lhe parece faltar forças.
Comments