Realmente é nojento. Toda minha solidariedade aos árabes, especialmente para os que estão na PUC SP tendo que passar por isso. Espero que mais pessoas tenham a sua atitude e venham para a militância, se organizando vamos por fim nisso.
Existe um racismo sistêmico contra pessoas árabes que sempre me acompanhou - ex. a questão do árabe como agressivo ou ser exótico. Aprendi que as pessoas sempre pensam a priori que eu sou impulsiva, arrogante, agressiva, terrorista (e sim, ja escutei essa palavra mais de uma vez). E sim...
... muitas vezes, sem nunca ter falado comigo. E muitas vezes o interlocutor tem direito de dizer qualquer coisa. Ao menor sinal de resposta, viro eu a pessoa agressiva. É algo que marcou profundamente meus estudos, meu trato com outros e com o mundo. Queria exemplificar, mas não vou falar sobre...
... todos os aspectos desse racismo estrutural. O que quero focar é sobre o crescente racismo agressivo e direcionado que anda acontecendo especialmente depois de se apertar o cerco no apartheid palestino. Sim, existe a questão das redes e do shadowban, que atrapalha minha vida financeira, ...
... já que vivo dos meus conteúdos e cursos. No último período, falar sobre palestina teve um impacto gigantesco nas minhas receitas. Mas isso é o mínimo. Já tive que escutar sionistas em situação de trabalho dizendo que todos os árabes tem que morrer, sem poder responder ou fazer careta. Já fui...
... assediada em Uber (mais de uma vez), que percebem SIM que sou árabe começam a falar de seu apoio sobre "israel" e como todos os árabes tem que morrer (é um tema constante). Amigos de amigos já disseram na minha cara que todo árabe é terrorista. Não foi uma coisa que ocorreu, é algo que ocorre
Sim, e ocorre mais do que vocês imaginam. Resolvi falar porque estou cansada. E triste. Nada do que eu coloquei vai me afastar da luta. Pelo contrário, me impulsiona cada vez mais para a militância. Acho importante eu falar, ao menos uma vez, como é ser de origem árabe, ainda mais nos dias de hoje
A PUC SP, especialmente passa por um momento criminoso de quem é árabe ou fala a favor da palestina. Teve até processo de investigação de denúncias deantissemitismo feitas contra alunos e dois professores do curso de RelaçõesInternacionais, porque falavam a favor da Palestina
Isso não é só na PUC, teve estudante que quase não se formou por falar a favor da Palestina na USP. Tem gente sendo demitida por ser árabe ou falar a favor da palestina
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É MUITA DERROTA!