Durante o ano passado, tinha um combinado com os alunos do 8º ano bem simples: após a última avaliação de cada trimestre, a depender do nosso planejamento, separava uma aula (dois tempos) para que eles assistissem um filme.
Em todos esses momentos, tive problemas. Isso porque:
1) colocava o filme e não dava 10 minutos e já tinha gente usando o celular em vez de olhar pra frente (e eles ESCOLHIAM o filme);
2) filme legendado era um martírio, porque não conseguiam ler e ver ao mesmo tempo;
3) passei a recolher os celulares e mesmo assim, a atenção deles se dissipava em 10m.
Então, esse argumento de “ai, porque as aulas precisam ser atrativas” cai por terra, pois nem quando eles têm entretenimento, prestam atenção, algo que está diretamente ligado ao uso excessivo do celular.
Fora que escola não é Rock in Rio e a vida não é só aquilo que você quer. Fazer com que esses jovens acreditem nisso é contribuir para uma desilusão posterior e causar um efeito muito negativo na mente dessas pessoas.
Se aquele imbecil do Felipe Neto não tivesse tocado a trombeta apocalíptica do “ain a escola tem que dar livros que os alunos gostem de ler” e defendido essa bandeira do “tudo por lazer”, não teríamos que ouvir besteira.
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Em todos esses momentos, tive problemas. Isso porque:
2) filme legendado era um martírio, porque não conseguiam ler e ver ao mesmo tempo;
3) passei a recolher os celulares e mesmo assim, a atenção deles se dissipava em 10m.