O Dia da Luta Antimanicomial é celebrado desde 1987, quando profissionais da saúde e usuários de serviços de saúde mental organizaram o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios no país.
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Resultado de uma longa articulação e mobilização social iniciadas anos antes pela reforma psiquiátrica, contra o encarceramento das pessoas com sofrimento mental e as práticas desumanas de tratamento que se perpetuaram por décadas no país.
Em Belo Horizonte, a implantação da reforma psiquiátrica contou com a ativa participação dos profissionais de saúde mental, reunidos no Movimento Mineiro dos Trabalhadores de Saúde Mental.
A gestão Patrus Ananias (1993-1996) estabeleceu amplo diálogo com os movimentos sociais progressistas da área e acolheu a proposta de criação de serviços substitutivos à hospitalização.
A elaboração da política municipal de saúde mental estava afinada com as diretrizes do Sistema Único de Saúde e representou um marco para Minas e para o país.
Passados mais de 30 anos, a luta dos trabalhadores e usuários permanece, em defesa do fortalecimento das políticas e ações públicas em favor das pessoas em sofrimento mental e em uso prejudicial de álcool e outras drogas, e contra os retrocessos.
Junto com a população em situação de rua, esse público marginalizado é alvo de medidas violentas, como a tentativa de internação compulsória em serviços terapêuticos questionáveis, que violam direitos e nos remetem aos absurdos vividos no passado.
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