APENAS UM PRATO
A janela me encara de fora
Em resposta, olho de volta.
O olhar atravessa.
E procuro no quarto um pouco do que não tenho,
mas pareço ter.
No corredor o barulho sempre muito frio do azulejo, gritando sussurros engessados...
O desespero, a agonia e a vergonha.
A janela me encara de fora
Em resposta, olho de volta.
O olhar atravessa.
E procuro no quarto um pouco do que não tenho,
mas pareço ter.
No corredor o barulho sempre muito frio do azulejo, gritando sussurros engessados...
O desespero, a agonia e a vergonha.
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Como chovem.
A Lua, minha querida lua,
faz-se sangue e escorre vagarosamente entre os meus dedos.
Nunca existi; não sei se existo, e o pouco que em mim resiste ainda há de se dar fim.
Olho pela janela:
Lá embaixo, uma terra profundamente marcada pela mais perfeita [...]
A moldura vaga,
A terra firme,
O coração mudo
E na mesa apenas um prato.