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Professor (UBI e IPC) e escritor (Edições Colibri). Publiquei 30 livros nas áreas do ensaio, poesia e conto. Interesses: literatura, cinema e viagens.
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Covilhã, Portugal, 24/02/25

Covilhã, Portugal, 24/02/25

Já pode ser adquirido, na página da Editorial Juglar, o meu livro "La sombra de un hombre solo". É a tradução espanhola de "A sombra de um homem só: Poemas selecionados", feita por Pedro Sanchez Sanz. editorialjuglar.com

Chaves, Portugal, 25/12/24

Covilhã, Portugal, 02/12/24

desce os degraus desce os degraus, poema a poema, até ao silêncio. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

a poesia é um desassossego a poesia é um desassossego: como ser pedra e pássaro no mesmo céu? joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

é no latir longínquo dos cães é no latir longínquo dos cães que aprendemos o terrível silêncio de um verso. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

sacrum furore se os deuses não queriam que fôssemos perfeitos, por que nos deram a poesia? joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

desde que me abandonaste desde que me abandonaste, não durmo: desenrolo novelos de silêncio pela floresta da memória. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

como dormir esta noite como dormir esta noite, se tenho os olhos feridos pela tua luz? joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

inquietude para os dedos o corpo tem lagos de lume insano. inquietude para os dedos, esses pássaros que hesitam entre voar ou arder. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

vestido descendo a pele escuto o teu vestido descendo a pele: rumor de mar, silêncio de céu. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

beber o teu lume beber o teu lume, boca a boca, e fazer do corpo o lugar onde o verão jamais pode morrer. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

ruínas de mim só era noite quando as tuas mãos erguiam as ruínas de mim: uma estrela de cada vez. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

quando adormeces junto a mim quando adormeces junto a mim, pássaros de melancolia levam o fogo mais azul para outra ilha. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

mãos em concha transporto o oceano nas mãos. caminho, cauteloso. a gota que perder podes ser tu. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

branca, a madrugada branca como as costas da minha amada quando regressa ao país do sono, deixando apenas silêncio nos lençóis. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

o céu asfixiado de silêncio dizer o teu nome deixa-me a boca cheia de pássaros e o céu asfixiado de silêncio. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

ruído branco o silêncio é a mais frágil porcelana do vento. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

silêncio comparado é tão estranho: o longo silêncio após a batalha é igual ao silêncio depois do amor. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

desamar o silêncio como posso eu amar ainda o silêncio depois de ouvir um pássaro cantar no teu peito inundado de azul? joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

e a tua memória caminha e a tua memória caminha, luminosa, sobre as águas escuras do meu sono. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

com saudade é o teu nome que oiço ainda quando, magoado, um cão ladra na noite mais distante. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

a noite mais longa as memórias são pássaros invisíveis que partem para a noite mais longa da insónia. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

roupa branca estendida na corda as memórias são roupa branca estendida na corda, iluminando o fim do verão. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

não esqueças nunca não esqueças nunca o verão distante, a luz perdida, a rapariga que incendiou a noite para ti. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

campo de neve em flor o teu corpo, adolescente, ilumina os lençóis brancos: campo de neve em flor. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

à deriva pela noite é intranquila, uma rapariga apaixonada: um navio carregado de lume à deriva pela noite. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

algumas raparigas são quartos de hotel algumas raparigas são quartos de hotel: só nos alugam o silêncio de um coração exausto. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

era uma rapariga de verão era uma rapariga de verão. como beijá-la neste poema de chuva? joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

era uma rapariga de silêncio e neve era uma rapariga de silêncio e neve. como poderia ela sobreviver ao lume das tuas mãos? joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

era uma rapariga a quem chamavas casa era uma rapariga a quem chamavas casa, quando no teu coração só havia um lugar distante. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

era uma rapariga na idade das cerejas era uma rapariga na idade das cerejas: mesmo de mão incendiada entre as coxas, inventava poemas sobre a morte. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

agosto as marés de agosto traziam o olhar incendiado das raparigas em flor. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

julho não contemples a rapariga estendida sobre o verão da adolescência. o seu lume cegar-te-á. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

um beijo inacabado uma rapariga é sempre um beijo inacabado na boca imortal do verão. joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019. #joaodemancelos

Covilhã, Portugal, 25/11/24

Caros/as Amigos/as, convido-vos a visitarem a minha página do Wordpress, onde podem ler poemas, contos e ensaios extraídos dos meus livros: joaodemancelos.wordpress.com #joaodemancelos

A minha companhia ao serão: "As maçãs douradas do sol" ("The Golden Apples of the Sun") (1953), de Ray Bradbury. São 22 contos muito bem escritos, imaginativos e com uma atmosfera marcada pelo maravilhoso. Um clássico da ficção científica. Recomendo. #raybradbury #ficçãocientífica

"Manual de escrita criativa" (5.ª ed.), de João de Mancelos, explica as técnicas fundamentais para escrever um conto, novela ou romance. Aprenda a desbloquear a inspiração, gerar suspense, construir uma personagens, descrever espaços, etc. #joaodemancelos